Não tenho memória do tempo de meu nascimento.
Com o tempo, no entanto, fui me entregando a esta tendência – não sei se ela atinge a todos, a muitos, ou a alguns poucos de nós – de estabelecer ligações entre a nossa vinda ao mundo e outros grandes eventos que o agitaram no mesmo momento ou lugar.
A Livraria Mandarina convida para o Ciclo de Palestras sobre o Oriente Médio, com o Professor Salem Nasser.
Algumas das primeiras memórias de minha infância têm por cenário o Sul do Líbano. São algumas das mais importantes também.
“Nós sabemos que o mundo vive da mentira.”
Tenho uma convicção profunda e antiga de que há mais verdade na ficção do que na vida real. É uma intuição clara, mas difícil de explicar. Basicamente, parece que somente sob o disfarce da invenção é possível descortinar por completo a nossa condição humana. Fora desse manto, no mundo real, um outro tipo de faz-de-conta, o da hipocrisia e das pequenas e grandes mentiras, parece necessário à nossa convivência comum.
Como acontece com qualquer peça de legislação, há uma certa distância entre ler o texto da Portaria 770, entender o que ela diz e logo imaginar como exatamente ela seria aplicada aos casos concretos.
O exemplo que ilustra a tese: nesta quarta, 22 de maio de 2019, a Folha de São Paulo traz matéria cuja manchete é “EUA suspeitam que Síria tenha realizado novo ataque químico”. A matéria não é produção própria; como tantas outras publicadas no nosso noticiário internacional, é retomada de grandes agências de notícias, elas também internacionais.
Especialista em Direito Internacional e professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, colunista da Brasileiros Salem Nasser afirma que as potências ocidentais deram livre curso a grupos como Estado Islâmico e Jabja al-Nusra, para que eles derrubassem o regime de Bashar al-Assad: “Esse é um problema com o qual o Ocidente tem de lidar, porque ele se apaixona por umas ditaduras e não gosta de outras”
A modéstia é uma dessas qualidades que faltam com frequência.
Não tenho memória do tempo de meu nascimento.
Com o tempo, no entanto, fui me entregando a esta tendência – não sei se ela atinge a todos, a muitos, ou a alguns poucos de nós – de estabelecer ligações entre a nossa vinda ao mundo e outros grandes eventos que o agitaram no mesmo momento ou lugar.
A Livraria Mandarina convida para o Ciclo de Palestras sobre o Oriente Médio, com o Professor Salem Nasser.
Algumas das primeiras memórias de minha infância têm por cenário o Sul do Líbano. São algumas das mais importantes também.
“Nós sabemos que o mundo vive da mentira.”
Tenho uma convicção profunda e antiga de que há mais verdade na ficção do que na vida real. É uma intuição clara, mas difícil de explicar. Basicamente, parece que somente sob o disfarce da invenção é possível descortinar por completo a nossa condição humana. Fora desse manto, no mundo real, um outro tipo de faz-de-conta, o da hipocrisia e das pequenas e grandes mentiras, parece necessário à nossa convivência comum.
Como acontece com qualquer peça de legislação, há uma certa distância entre ler o texto da Portaria 770, entender o que ela diz e logo imaginar como exatamente ela seria aplicada aos casos concretos.
O exemplo que ilustra a tese: nesta quarta, 22 de maio de 2019, a Folha de São Paulo traz matéria cuja manchete é “EUA suspeitam que Síria tenha realizado novo ataque químico”. A matéria não é produção própria; como tantas outras publicadas no nosso noticiário internacional, é retomada de grandes agências de notícias, elas também internacionais.
Especialista em Direito Internacional e professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, colunista da Brasileiros Salem Nasser afirma que as potências ocidentais deram livre curso a grupos como Estado Islâmico e Jabja al-Nusra, para que eles derrubassem o regime de Bashar al-Assad: “Esse é um problema com o qual o Ocidente tem de lidar, porque ele se apaixona por umas ditaduras e não gosta de outras”
A modéstia é uma dessas qualidades que faltam com frequência.